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Mostrando postagens de outubro, 2009

Fábulas

Fábulas  (do latim- fari - falar e do grego - Phao - contar algo) Narrativa alegórica de uma situação vivida por animais, que referencia uma situação humana e tem por objetivo transmitir moralidade. A exemplaridade desses textos espelha a moralidade social da época e o caráter pedagógico que encerram. É oferecido, então, um modelo de comportamento maniqueísta; em que o "certo" deve ser copiado e o "errado", evitado. A importância dada à moralidade era tanta que os copistas da Idade Média escreviam as lições finais das fábulas com letras vermelhas ou douradas para destacar. A presença dos animais deve-se, sobretudo, ao convívio mais efetivo entre homens e animais naquela época. O uso constante da natureza e dos animais para a alegorização da existência humana aproximam o público das "moralidades". Assim apresentam similaridade com a proposta das parábolas bíblicas. Algumas associações entre animais e características humanas, feitas pel

Era uma vez...

Era uma vez... E ainda é - Contos de fada – possível resolução para os conflitos infantis Andrea Pires Magnanelli Ao entrar em uma sala de aula com crianças de cinco anos, carregando um livro de contos de fadas, um professor carrega mais que um livro. Mais que um simples conto. Quando o professor é um bom contador de histórias, o olhar daquelas crianças fica fixo, mas a mente voa. Como esses contos tornaram-se clássicos, se a narrativa acontece em palácios ou florestas e isso é tão distante da maioria das crianças, visto que não é comum encontrar palácios na cidade de São Paulo? E, apesar de existirem poucas florestas na nossa cidade, os jovens dão um jeito de se embrenhar em matas desconhecidas apesar do aviso de perigo dos pais. Os contos trazem conflitos pertinentes à vivência humana que permeiam diversas gerações. Eles trabalham com o conteúdo humano, com aquilo que muitas vezes fica escondido como a rivalidade fraterna, sensações edípicas, desejar a “mort

A Gata Borralheira

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Era uma vez um homem muito rico, cuja mulher adoeceu. Esta, quando sentiu o fim aproximar-se, chamou a sua única filha à cabeceira e disse-lhe com muito amor: - Querida filha, continua sempre boa e piedosa. O amor de Deus há de acompanhar-te sempre e eu lá do céu velarei sempre por ti. E dito isto, fechou os olhos e morreu. A menina ia todos os dias para junto do túmulo da mãe chorar e continuou boa e piedosa. Quando o Inverno chegou, a neve fria e gelada cobriu o túmulo com um manto branco e, quando o sol da Primavera o derreteu, o seu pai casou com uma mulher ambiciosa e cruel que tinha duas filhas parecidas com ela em tudo. Mal se cruzou com elas, a pobre órfã percebeu que nada de bom podia esperar delas, pois logo que a viram disseram-lhe com desprezo: - O que é que esta faz aqui? Vai para a cozinha, que é lá o teu lugar! E a madrasta acrescentou: - Têm razão, filhas. Ela será nossa criada e terá que ganhar o pão com o seu trabalho diá

Infância e Desenvolvimento Infantil

As histórias infantis como forma de consciência de mundo É no encontro com qualquer forma de Literatura que os homens têm a oportunidade de ampliar, transformar ou enriquecer sua própria experiência de vida. Nesse sentido, a Literatura apresenta-se não só como veículo de manifestação de cultura, mas também de ideologias. A Literatura Infantil, por iniciar o homem no mundo literário, deve ser utilizada como instrumento para a sensibilização da consciência, para a expansão da capacidade e interesse de analisar o mundo. Sendo fundamental mostrar que a literatura deve ser encarada, sempre, de modo global e complexo em sua ambigüidade e pluralidade. Até bem pouco tempo, em nosso século, a Literatura Infantil era considerada como um gênero secundário, e vista pelo adulto como algo pueril (nivelada ao brinquedo) ou útil (forma de entretenimento). A valorização da Literatura Infantil, como formadora de consciência dentro da vida cultural das sociedades, é bem recente. Para