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Mostrando postagens de junho, 2018

A montanha Simelli

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Houve, uma vez, dois irmãos, um rico, chamado José e o outro pobre, chamado João. O rico não dava nada ao pobre; este vivia em grandes apuros, e procurava manter-se com a venda de cereais. Geralmente, porém, os negócios lhe corriam tão mal, que muitos dias não tinha sequer pão para a mulher e os filhos. Certo dia, quando atravessava a floresta na carroça, viu de repente uma grande montanha árida, sem nenhuma vegetação; como nunca a tivesse visto antes, deteve-se a contemplá-la, muito admirado. Estava ainda parado a olhar boquiaberto para ela e, de súbito, viu aproximarem- se doze homenzarrões de aspecto feroz; julgando tratar-se de bandidos, mais que depressa guiou a carroça para o meio do mato próximo para ocultá-la, depois trepou numa árvore e ficou aguardando os acontecimentos. Os doze homens, entretanto, haviam chegado diante da montanha e disseram: - Abre-te, Sésamo, abre-te! No mesmo instante aquela montanha árida e enorme abriu-se ao meio; e os doze homens precipitar

Os guardas da sepultura

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Um rico camponês estava, certo dia, sentado à porta da granja. Do lugar onde estava, a vista estendia-se ao longe, abrangendo todos os campos, prados, vinhas e pomares. O trigo ondulava viçoso e as árvores vergavam ao peso das frutas. As espigas do ano anterior ainda estavam no celeiro, em feixes tão grandes, que as traves mal os podiam suportar. Depois de admirar toda essa bela propriedade florescente, o camponês dirigiu-se para as cavalariças e estábulos; lá, também, estava tudo cheio de magníficas vacas, bois muito gordos e cavalos bem nutridos com o pelo luzidio e espesso. Em seguida, entrou em casa e deu uma vista de olhos na caixa forte, que estava estufada de dinheiro. Enquanto se achava assim, a considerar satisfeito sua imensa riqueza, ouvi-o uma pancada, mas não era na porta de casa que batiam, era na porta do seu coração. Esta abriu-se e ele ouviu uma voz que lhe sussurrava: -É realmente grande a tua opulência! Mas, dize- me beneficiaste os teus parentes? Pensa

A bela Catarina e Poldo Pif Paf

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- Bom dia, Pai Valente. - Obrigado, Poldo Pif Paf. - Posso casar-me com vossa filha? - Pois não; se mamãe Leiteira, o irmão Convencido, a irmã Queijeira e a bela Catarina concordarem, podes casar. - E onde está mamãe Leiteira? - Ordenhando a vaca, como mulher ordeira! - Bom dia, mamãe Leiteira. - Obrigada, Poldo Pif Paf. - Posso casar-me com vossa filha? - Pois não; se papai Valente, o irmão Convencido, a irmã Queijeira e a bela Catarina concordarem, podes casar. - E onde está o irmão Convencido? - Está no barracão partindo lenha. - Bom dia, Irmão Convencido. - Muito obrigado, Poldo Pif Paf. - Posso casar-me com tua irmã? - Pois não; se papai Valente, mamãe Leiteira, a irmã Queijeira e a bela Catarina concordarem, podes casar. - E onde está a irmã Queijeira? - Está na horta cortando a verdura. - Bom dia, irmã Queijeira. - Obrigada, Poldo Pif Paf. - Posso casar-me com tua irmã? - Pois não; se o pai Valente, a mamãe Leiteira, o irmão Convencido e a bela Catar