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Mostrando postagens de agosto, 2016

O Bom negócio

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Era uma vez um camponês que tinha levado a sua vaca para a feira, e a vendeu por sete táleres. No caminho de volta para casa ele tinha de passar por um lago, e já de longe ele ouvia os sapos gritando: "Iquá, quá, quá, quá!" - "Bem," disse ele para si mesmo, "eles não sabem o que estão dizendo, são sete táleres que eu recebi não quatro." Quando ele entrou na água, o camponês gritou para eles: - "Criaturas estúpidas que vocês são! Vocês não sabem de nada! São sete táleres e não quatro." Os sapos, no entanto, continuavam a mesma ladainha, "Iquá, quá, quá, quá!" - "O quê, vocês não acreditam, eu posso mostrar na frente de vocês," e ele tirou o dinheiro do bolso e contou os sete táleres, levando-se em conta que vinte e quatro grosches equivalem a um táler. Os sapos, todavia, sem saber o que ele dizia, continuam dizendo "Iquá, quá, quá, quá!" - "O quê, exclamou o camponês que já estava ficando zangado,

O Fiel João

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Houve, uma vez, um velho rei que, sentindo-se muito doente, pensou: "Este será o meu leito de morte!" - disse, então, aos que o cercavam: - Chamem o meu fiel João. O fiel João era o seu criado predileto, assim chamado porque, durante toda a vida, fora-lhe extremamente fiel. Portanto, quando se aproximou do leito onde estava o rei, este lhe disse: - Meu fidelíssimo João, sinto que me estou aproximando do fim; nada me preocupa, a não ser o futuro de meu filho; é um rapaz ainda inexperiente e, se não me prometeres ensinar-lhe tudo e orientá-lo no que deve saber, assim como ser para ele um pai adotivo, não poderei fechar os olhos em paz. - Não o abandonarei nunca, - respondeu o fiel João, - e prometo servi-lo com toda a lealdade, mesmo que isso me custe a vida. - Agora morro contente e em paz, - exclamou o velho rei e acrescentou: - depois da minha morte, deves mostrar-lhe todo o castelo, os aposentos, as salas e os subterrâneos todos, com os tesouros que encerr

O Pequeno Polegar

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Houve, uma vez, um camponês que, estando durante a noite sentado junto da lareira atiçando o fogo, disse à mulher que fiava aí ao lado: - Como é triste não ter filhos! Nossa casa é tão silenciosa, ao passo que nas outras há tanto barulho e alegria! - E' verdade, - respondeu a mulher, suspirando, - mesmo que tivéssemos um único filho, nem que fosse do tamanho deste polegar, eu já me sentiria feliz, e o amaríamos de todo o coração. Ora, aconteceu que a mulher começou a sentir-se indisposta e, passados sete meses, deu à luz um menino, perfeitamente formado, mas do tamanhinho de um polegar. Então, denominaram-no: Pequeno Polegar. Os pais alimentavam-no o melhor possível, mas o menino não cresceu; ficou do mesmo tamanhinho que tinha ao nascer. Contudo, ele tinha um olhar muito inteligente e, bem cedo, revelou-se criança vivaz e esperta, sabendo sair-se bem em todos os empreendimentos. Um dia, o camponês estava se aprontando para ir à floresta rachar lenha; então, dis

O asno e o velho pastor

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Um pastor observava tranquilo seu asno pastando em uma verde pradaria. De repente ouviu ao longe os gritos de uma tropa inimiga que se aproximava rapidamente. Ele rogou ao animal para que este corresse levando-o na garupa, o mais rápido que pudesse, a fim de que não fossem ambos capturados. O asno com calma, falou: - Por que eu deveria temer o inimigo? Você acha provável que o conquistador coloque em mim, além dos dois cestos de carga que carrego outros dois? - Não. - respondeu o pastor. - Então - disse o animal - contanto que eu carregue os dois cestos que já possuo que diferença faz a quem estou servindo? Ao mudar o governante, para o pobre, nada muda além do nome do seu novo senhor.

A reunião geral dos ratos

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Uma vez os ratos, que viviam com medo de um gato, resolveram fazer uma reunião para encontrar um jeito de acabar com aquele eterno transtorno. Muitos planos foram discutidos e abandonados. No fim um rato jovem levantou-se e deu a ideia de pendurar uma sineta no pescoço do gato; assim, sempre que o gato chegasse perto eles ouviriam a sineta e poderiam fugir correndo. Todo mundo bateu palmas: o problema estava resolvido. Vendo aquilo, um rato velho que tinha ficado o tempo todo calado levantou-se de seu canto. O rato falou que o plano era muito inteligente, que com toda certeza as preocupações deles tinham chegado ao fim. Só faltava uma coisa: quem ia pendurar a sineta no pescoço do gato? Moral: Inventar é uma coisa, fazer é outra.

Os sete corvos

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Um homem tinha sete filhos e nunca tinha uma filha, por mais que desejasse. Até que, finalmente, sua mulher lhe deu esperanças de novo e, quando a criança veio ao mundo, era uma menina. A alegria foi enorme, mas a criança era franzina e miúda e, por causa dessa fraqueza, foi preciso que lhe dessem logo os sacramentos. O pai mandou um dos filhos ir correndo até a fonte, buscar água para o batismo. Os outros seis foram atrás do irmão e, como cada um queria ser o primeiro a puxar a água para cima, acabaram deixando o balde cair no fundo do poço. Aí eles ficaram assustados, sem saber o que deviam fazer, e nenhum dos sete tinha coragem de voltar para casa. Foram ficando por lá, sem sair do lugar. Como estavam demorando muito, o pai foi ficando cada vez mais impaciente e disse: - Na certa ficaram brincando e se esqueceram de voltar, aqueles moleques levados... Começou a ficar com medo de que a menininha morresse sem ser batizada e, com raiva, gritou: - Tomara que eles todos virem

Hansel e Gretel - Joãozinho e Margarida.

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Em frente a uma grande floresta morava um pobre lenhador com a mulher e dois filhinhos; o menino chamava-se Joãozinho e a menina Margarida. Tinham pouco com que se alimentar, e, sobrevindo na cidade uma grande carestia, nem mesmo o pão de cada dia conseguiram mais. Numa dessas noites, quando atormentado pelas preocupações não conseguia dormir e ficava revirando inquieto na cama, entre um suspiro e outro, disse à mulher: - Que será de nós? Como alimentaremos nossos filhinhos, se nada temos nem para nós? - Escuta aqui, meu caro marido, - respondeu ela - amanhã cedo, levaremos as crianças para o mais cerrado da floresta, aí lhes acenderemos uma fogueira e lhes daremos um pedaço de pão para que se alimentem; depois iremos para o nosso trabalho e os deixaremos lá sozinhos; eles não conseguirão encontrar o caminho de casa e assim ficaremos livres deles. -  Não, mulher, isso não posso fazer. Se abandonar meus filhos sozinhos na floresta, não tardarão as feras a devorá-los,