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Mostrando postagens de janeiro, 2017

Os filhos de Eva

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Quando Adão e Eva foram expulsos do paraíso terrestre, foram obrigados a construir para si uma casa num terreno inculto e comer o pão ganho com o suor de seu rosto. Adão cultivava a terra e Eva fiava a lã. Todos os anos, Eva punha um filho no mundo, mas os filhos eram diferentes um do outro; uns eram bonitos e outros feios. Decorrido bastante tempo, Deus enviou um Anjo para anunciar-lhes que iria visitá-los e ver como se arranjavam. Eva, muito contente com a magnanimidade de Deus, tratou de limpar escrupulosamente a casa, depois enfeitou-a com lindas flores e espalhou juncos pelo chão. Em seguida, chamou os filhos, deu-lhes um bom banho, penteou-lhes o cabelo, vestiu-lhes camisas bem lavadinhas e recomendou que se comportassem direitinho e com boas maneiras na presença do Senhor, explicando que deviam curvar-se graciosamente diante dele, dar-lhe a mão e responder com modéstia às suas perguntas. Os filhos feios, porém, não deveriam aparecer. Por conseguinte, escondeu um so

Menina Bonita do Laço de Fita - Lívia Alencar no Quintal da Cultura

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O gamo encantado

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O irmãozinho, pegando a irmãzinha pela mão, disse: - Desde que nossa mãe morreu, nunca mais tivemos uma hora feliz: nossa madrasta nos espanca todos os dias e, quando chegamos perto dela, nos enxota a pontapés. Nosso único alimento, são as côdeas duras de pão; trata melhor o cachorrinho debaixo da mesa, pelo menos ela lhe dá, de vez em quando, algum bocado bem bom. Meu Deus, se nossa mãe soubesse! Vem, vamo-nos embora daqui, vamos por esse mundo afora. Foram andando e caminharam o dia inteiro, percorrendo prados, campos, caminhos pedregosos. De repente, começou a chover, e a irmãzinha disse: - Deus e os nossos corações estão chorando juntos. Ao anoitecer, chegaram a uma grande floresta; estavam tão cansados de chorar e de andar e com tanta fome que resolveram entrar na cavidade de uma velha árvore oca e aí adormeceram. Na manhã seguinte, quando despertaram, o sol já estava alto no céu e seus raios ardentes penetravam na cavidade da árvore. Então, o irmãozinho disse: -

O casamento da dona raposa

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PRIMEIRO CONTO Houve, uma vez, um velho Raposo que tinha nove caudas; suspeitando que sua mulher lhe era infiel, quis deixá-la cair em tentação. Deitou-se debaixo do banco, sem mexer nem um músculo, e fingiu-se morto. Dona Raposa foi para o quarto e fechou-se dentro; enquanto isso, sua criada, a Donzela Gata, cozinhava qualquer coisa, sentada no fogão. Assim que se espalhou a notícia de que o Senhor Raposo havia falecido, apresentaram-se logo os pretendentes. A criada ouviu chegar alguém e bater à porta; foi abrir. Era um jovem Raposo, que disse: Que fazes. Donzela Gala, Dormes ou estás acordada? Ela respondeu: Não durmo, não; estou acordada. Quer saber em que estou ocupada? Esquento a cerveja, ponho manteiga, e viva! Está pronto o banquete. Quer ser meu conviva? - Agradeço-lhe, Donzela! - disse o jovem Raposo. - Que está fazendo Dona Raposa? A criada respondeu: Ela em seu quarto está, E não para de chorar. Seus olhinhos vermelhos estão, Porque

O Pequeno Polegar

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Houve, uma vez, um camponês que, estando durante a noite sentado junto da lareira atiçando o fogo, disse à mulher que fiava aí ao lado: - Como é triste não ter filhos! Nossa casa é tão silenciosa, ao passo que nas outras há tanto barulho e alegria! - E' verdade, - respondeu a mulher, suspirando, - mesmo que tivéssemos um único filho, nem que fosse do tamanho deste polegar, eu já me sentiria feliz, e o amaríamos de todo o coração. Ora, aconteceu que a mulher começou a sentir-se indisposta e, passados sete meses, deu à luz um menino, perfeitamente formado, mas do tamanhinho de um polegar. Então, denominaram-no: Pequeno Polegar. Os pais alimentavam-no o melhor possível, mas o menino não cresceu; ficou do mesmo tamanhinho que tinha ao nascer. Contudo, ele tinha um olhar muito inteligente e, bem cedo, revelou-se criança vivaz e esperta, sabendo sair-se bem em todos os empreendimentos. Um dia, o camponês estava se aprontando para ir à floresta rachar lenha; então, disse d

João , o sensato

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A mãe do João falou para ele, "Para onde vais, João?" João respondeu, "Para a casa de Maria." "Comporte-se bem, João." "Oh, me comportarei bem. Adeus, mamãe." "Adeus, João." João chega na casa de Maria, "Bom dia, Maria." "Bom dia, João. O que trouxeste de bom?" "Não trago nada, gostaria de ganhar algo." Maria presenteia João com uma agulha. João diz, "Adeus, Maria." "Adeus, João." João pega a agulha, e a joga dentro de um carrinho de feno, e segue com o carrinho para casa. "Boa noite, mamãe." "Boa noite, João. Onde estiveste?" "Com Maria." "O que levaste para ela?" "Não levei nada; quis apenas que ela me desse alguma coisa." "O que Maria deu para ti?" "Me deu uma agulha." "Cadê a agulha, João?" "Col