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Mostrando postagens de abril, 2017

O príncipe e a princesa

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Houve, uma vez, um rei que tinha um filhinho e as estrelas diziam que aos dezesseis anos seria morto por um veado. O príncipe, tendo completado os dezesseis anos, foi certo dia caçar na floresta, junto com os seus monteiros, e na floresta separou-se deles, tendo avistado um enorme veado, ao qual apontou a espingarda; atirou mas não atingiu o alvo. O veado pôs-se a correr sem parar, perseguido pelo príncipe; depois de muito correr, o veado saiu fora da floresta e de repente, no lugar dele, apareceu um homem muito grande. - Ainda bem que te apanhei - disse ele - já gastei seis pares de patins de vidro sem nunca te poder pegar! Assim dizendo, pegou o príncipe e levou-o para a outra margem de um enorme lago, além do qual havia um castelo. No castelo, o príncipe teve que sentar-se à mesa com o homem e comer em sua companhia. Finda a refeição, o homem, que era um rei, disse-lhe: -  Eu tenho três filhas; tens que velar uma noite junto da mais velha, desde as nove horas da noit

Mesinha põe-te, burro de ouro e bordão sai-do-saco

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Houve, uma vez, um alfaiate que tinha três filhos e uma única cabra. Mas como a cabra os nutria a todos com seu leite, precisava de bom alimento e, diariamente, de bom pasto. Os filhos tinham o seu turno para levá-la a pastar. Certa vez, o filho mais velho levou-a ao cemitério, onde crescia a erva mais viçosa e deixou que pastasse e perambulasse à vontade. À tardinha, na hora de voltar para casa, perguntou: -  Cabra, estás farta? A cabra respondeu: - Faria estou, Nem folha ficou; mée, mée! -  Então vamos para casa, - disse o rapaz. Pegou na corda e conduziu a cabra e o estábulo e aí amarrou-a. -  Então, - perguntou o velho alfaiate, - a cabra comeu suficientemente? -  Ela está tão farta, - respondeu o filho, - que não lhe cabe mais nem uma folha. O pai, querendo certificar-se, pessoalmente, foi ao estábulo, afagou a querida bichinha e perguntou-lhe: -  Cabra, estás suficientemente farta? Ela respondeu: -  Farta do que, posso estar, Se não fiz mais que pula

Biografia de Hans Christian Andersen

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Hans Christian Andersen (1805-1875) foi um escritor dinamarquês, autor dos contos infantis, “Soldadinho de Chumbo”, “Patinho Feio”, “A Pequena Sereia”, “A Roupa Nova do Rei”, entre outros.  Hans Christian Andersen (1805-1875) nasceu em Odense, Dinamarca, no dia 2 de abril de 1805. Filho de um humilde sapateiro, que lutou nas guerras napoleônicas e voltou gravemente doente à sua terra natal morrendo pouco depois. Ficou órfão de pai com apenas 11 anos. Precisou abandonar os estudos e começou a escrever contos e pequenas peças teatrais. Com 14 anos acompanhou a apresentação de uma companhia de teatro que se apresentou em sua cidade. Tomou uma decisão e resolveu partir. Com uma carta de recomendação e algumas moedas seguiu para Copenhague em busca de emprego. Tímido, desajeitado e inexperiente demorou a encontrar quem lhe desse emprego. Atraído pelo teatro, insistia a escrever peças. Duas delas chegaram às mãos de Jonas Collin, um conselheiro de Estado, que lhe ofereceu uma bolsa

O ganso de ouro

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Houve, uma vez, um homem que tinha três filhos. O mais moço dos três era por todos desprezado, ridicularizado e maltratado; todos o chamavam pelo nome de Zé Palerma. Um belo dia, o filho mais velho resolveu cortar lenha na floresta; antes de partir, a mãe deu-lhe uma excelente fritada de ovos e uma garrafa de vinho para que não ficasse com fome e com sede, Muito satisfeito, o moço entrou pela floresta a dentro e topou com um anãozinho que, apôs cumprimentá-lo, lhe disse: - Queres dar-me um pedacinho da tua fritada e um golinho do teu vinho? Estou com tanta fome e tanta sede! Mas o filho espertalhão respondeu: - Se dou a ti a fritada e o vinho, nada sobra para mim; sai do meu caminho! Largou aí o anãozinho e foi-se sem mais aquela. Mais adiante um pouco, começou a cortar um galho, mas não tardou nada que, errando o golpe, feriu-se com o machado num braço, tendo de voltar para casa a fim de tratar o ferimento. Aquilo não passava de uma peça que lhe pregara o anãozinho!