Bom comportamento nas Redes Sociais.
Especialistas destacam a
importância do bom comportamento nas redes sociais.
Quando se trata de bons costumes e dicas
de etiquetas é inevitável não pensarmos nas tradicionais maneiras de se portar
à mesa, segurar talheres ou adequar o vestuário. Porém, engana-se quem pensa
que as boas maneiras só devem ser seguidas em reuniões corporativas e
profissionais ou em almoços e jantares. É preciso também saber de algumas
instruções de comportamento no mundo virtual, já que o monitoramento da
internet tem se tornado uma ótima ferramenta para análise de pessoas,
principalmente em processos seletivos.
De acordo com Romaly de
Carvalho, professora de Etiqueta Empresarial da FGV (Fundação Getúlio Vargas) e
consultora de carreiras, cerca de 91% dos recrutadores de vagas no mercado de
trabalho checam os perfis dos candidatos na web, e 47% deles conferem as redes
sociais ainda na análise do currículo.
Para a especialista, as
gafes na rede são perdoadas somente até os 17 anos 11 meses e 29 dias. “Depois
disso você atinge a maioridade e se torna um adulto. Entende-se que você esteja
preparado e instruído para assumir suas responsabilidades socialmente”, afirma.
Quem já está inserido no
mercado de trabalho também precisa ficar atento ao que vincula na internet. “É
preciso que se faça postagem de conteúdos relevantes. Publicações do tipo
‘Acabei de acordar’ interessam a quem?”, observa Romaly.
Outra questão a ser
levantada é o uso excessivo das redes sociais e comunicadores instantâneos
durante o expediente profissional. Com o exagero dessa prática, a produtividade
e o rendimento do funcionário tendem a cair. Nesses casos, a especialista
observa que o prejuízo final para a empresa é financeiro e, assim como muitos
empregadores estão ligados à rede para admitir, são capazes de demitir pelo
abuso de sua utilização.
Patrões X funcionários
No ambiente virtual, a especialista
também avalia o desempenho de pessoas que ocupam cargos de muita
responsabilidade e seriedade. “O ideal para quem tem cargo executivo é ter dois
perfis, um pessoal e outro profissional, pois a rede pode gerar uma intimidade
entre patrão e empregado que nem sempre é saudável”.
Já no caso de funcionários
que não querem que seus patrões tenham acesso a seus conteúdos particulares, a
professora de etiqueta diz não ser deselegante e nem agressivo não aceitá-los
nas redes sociais. “Justifique dizendo que se trata de uma página privada e que
não se sente confortável em expor sua vida pessoal”, recomenda.
Público X privado
Mariana dos Santos, executiva de
planejamento de uma agência de publicidade de São Paulo, afirma que o princípio
básico das redes sociais on-line são os mesmos para as relações sociais ‘na
vida real’, off-line. “Tem coisas que são compartilháveis, outras nem tanto.
Algo que você não falaria em público, também não deve ir pra rede.”
Para a jovem, que trabalha
assiduamente com estratégias na internet e possuí páginas pessoais em sites de
relacionamentos, “é preciso ter a noção de que o perfil é seu, mas o público é
abrangente, é toda a rede. O bom senso deve prevalecer sempre”, destaca.
Conforme relembra a
publicitária, há anos atrás, as pessoas não colocavam em seus perfis tantas
fotos particulares, de familiares e muito menos seus nomes verdadeiros. Todo
mundo se escondia através de nicknames (apelidos). Porém, hoje a exposição é
muito maior. “Somos nós mesmos nas redes. É a nossa personalidade, só que
expressa através de diferentes perfis em redes sociais.”
Romaly acrescenta que nós
construímos uma imagem na rede e é natural que as pessoas entendam que sua
imagem virtual corresponde também a características e modos de agir do dia a
dia.
Dicas para o bom
comportamento na rede, por Romaly de Carvalho:
É fundamental manter contato
e conversar com as pessoas. É preciso responder os posts recebidos e se
manifestar em discussões, por exemplo. Não se esqueça que as relações são
feitas a dois e as regras da comunicação precisam ser seguidas. A pessoa se
torna uma pessoa chata quando não corresponde na rede, e aos poucos acaba sendo
excluída de círculos sociais;
.
Sempre mencione a fonte
quando publicar algo que não seja de sua autoria. Isso não é vergonha para
ninguém;
.
Seja tolerante com a opinião
dos outros. A rede é um estado democrático e as pessoas têm direto de se
expressar. Tome cuidado com publicações preconceituosas;
.
Caso você receba algum
comentário crítico ou feedbak negativo, você não é obrigado a aceitá-lo, porém
é importante que não rebata as acusações. Entre em contato com a pessoa e
utilize do método “sanduíche de cebola”: Comece seu contato pelo pão – de
maneira suave e cordeal, depois adicione a cebola – comente que não concorda
com as observações feitas ou justifique suas intenções, e finalize a conversa
com outra camada de pão, agradecendo o contato e a atenção;
.
Cheque todas as informações
antes de publicar qualquer conteúdo. Perde-se credibilidade com as sucessivas
postagens de fatos não confiáveis. Portanto, não cite o nome de ninguém e não
invente histórias. Calúnia e difamação são crimes e indenizações podem trazer
muitas dores de cabeça.
Fonte: Band – www band com
br – Por Marilia Pellicciari
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