O País das Maravilhas
Um mundo onde as regras do
tempo e do espaço estão de cabeça para baixo. O País das Maravilhas, criado em
1865 por Lewis Carroll, é o cenário para as aventuras de Alice. Siga os
caminhos dessa obra-prima da ironia e do nonsense.
1. O Buraco do Coelho
Um coelho branco passa
correndo, de olho no relógio de bolso. “Oh, céus! Vou chegar atrasado!”
Curiosa, Alice o segue através de um buraco e despenca num precipício. Cai por
tanto tempo que acaba pegando no sono. Ao despertar, continua seguindo o coelho
por uma passagem subterrânea que leva ao Salão das Portas.
2. O Salão das Portas
Todas estão trancadas. Há
uma chave, mas a porta é pequena. Um líquido faz Alice encolher, mas a chave
ainda está sobre a mesa, agora muito alta. Um bolo com a etiqueta “coma-me”
parece ser a solução, mas ela cresce demais. Quando começa a chorar, as lágrimas
inundam a sala.
3. A Lagoa de Lágrimas
O Coelho Branco volta a
aparecer, mas, assustado com o tamanho de Alice, foge correndo, deixando cair
suas luvas e um leque. Alice apanha o leque e começa a se abanar, sem perceber
que está encolhendo novamente, e cai na lagoa de suas próprias lágrimas.
4. Vila dos Animaizinhos
Junto com um bando de
animais, Alice nada até a margem e, de repente, está fora do Salão, sem passar
por nenhuma porta. Ela vê campos e bosques e decide seguir em frente quando os
animais começam a discutir.
5. O Chalé da Duquesa
Dentro do chalé, o ar está
cheio de pimenta. A Duquesa, feia e mal-humorada, acalenta um bebê-porco. Perto
da lareira, o Gato de Cheshire mostra o tamanho de seu sorriso. O cozinheiro
começa a atirar panelas na cabeça da patroa. Alice segue adiante.
6. O Centro de Informações
da Lagarta
No meio do bosque, a Lagarta
Azul está fumando um narguilé. Ela não é lá muito simpática, mas acaba dando
uma informação importante a Alice: “Um lado faz você crescer, outro lado faz
você diminuir”. Mas um lado do quê? “Do cogumelo”, responde a Lagarta, e vai
embora rastejando. Alice apanha um pedaço e o guarda no bolso.
7. O Chalé do Coelho
Ao ver novamente Alice, o
Coelho Branco ordena que ela vá até seu chalé e lhe traga um novo par de luvas.
Lá, a menina volta a ter problemas com suas dimensões. Outro líquido suspeito e
ela fica tão grande que ocupa toda a sala. Um pedaço de bolo depois, ela
encolhe e consegue passar pela porta.
8. A Árvore do Gato de
Cheshire
Alice avista o Gato de
Cheshire sobre a árvore e ele sugere uma visita à casa do Chapeleiro e da Lebre
de Março, dois malucos. “Mas eu não quero andar no meio de gente maluca”, diz
Alice. “Aqui todo mundo é maluco. Inclusive eu e você”, diz ele antes de desaparecer.
9. O Salão do Chá
Alice encontra o Chapeleiro
Louco e a Lebre de Março tomando chá com um arganaz. Aqui, o tempo parou e são
sempre 6 da tarde, a “hora do chá”. Eles passam os dias ao redor da mesa,
empilhando xícaras e comendo torradas.
10. A Árvore Oca
Mais adiante, Alice encontra
uma árvore com uma porta no tronco e descobre que aquele é um atalho que leva
de volta ao Salão das Portas. Ela pega a chave, come um pedaço do cogumelo e
finalmente consegue passar pela portinhola que leva ao Roseiral.
11. O Roseiral da Rainha
Todas as rosas são brancas,
mas os jardineiros insistem em pintá-las de vermelho. Eles explicam a Alice que
erraram na hora de escolher a muda e que, se a Rainha descobrir o engano, serão
decapitados.
12. O Campo de Croqué
A governante do País das
Maravilhas, a Rainha de Copas, aparece de surpresa. Ela e o marido, o Rei de
Copas, convidam Alice para um jogo de croqué. Os tacos são flamingos e as
bolas, porcos-espinhos.
13. À margem do Oceano
Depois do jogo, e
acompanhada pelo Grifo, um animal fabuloso com corpo de leão e cabeça de águia,
Alice vai visitar a Falsa Tartaruga, que vive sobre uma rocha à margem do mar.
O grito de “O julgamento vai começar!” faz Alice e o Grifo correrem para o
Tribunal.
14. O Tribunal
As tortas feitas pela Rainha
foram roubadas! O principal suspeito é o Valete de Espadas. O Rei é o juiz. Ao
depor, Alice se opõe à Rainha e é condenada à decapitação. Mas ela dá de
ombros. “Quem se importa? Vocês não passam de um monte de cartas”, diz. As
cartas, enfurecidas, caem sobre ela.
15. De volta a Oxford
À margem do rio Tâmisa, a
irmã de Alice avisa que ela dormiu por muito tempo. As duas voltam para casa,
pois, como boas inglesinhas, não devem perder a hora do chá.
Texto José Francisco Botelho
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