Dramatizações
Conceitos
Sabemos que cada menino vive de uma forma
profunda o que ele está representando, colocando neste papel gestos,
expressões, personalidades e espírito coerentes com o que ele acredita ser o
personagem vivido. Se isto realmente for verdade, com uma pequena orientação
e correção por parte dos adultos a respeito dos detalhes da representação o
menino poderá ganhar por meio dela uma vivência maior, compreendendo e
conhecendo os mais diversas personagens, personalidades, impulsos emocionais
e instintos do ser humano, adaptando-se com isto mais facilmente à vida social,
com vantagens de desenvolver um senso de ponderação e justiça mais aguçado.
Técnicas de Aplicação
Três elementos essenciais são encontrados nas
técnicas de dramatização:
Entre os tipos poderemos encontrar os
seguintes:
livres, mímicas, pantomimas, marionetes, sombras,
óperas, dublagens, radionovelas, coreografias, jograis, monólogos,
noticiários, sombras, dublagens.
Como temas poderemos usar os seguintes:
contos infantis, fábulas, passagens bíblicas,
história (pré-história, medieval, antiga, brasileira, etc.), povos (chineses,
nações indígenas, egípcios, romanos, etc), lendas folclóricas, poesias,
canções, quadros parados, frases (provérbios), palavras (liberdade, lealdade,
honestidade), situações do cotidiano (no lar, passeios, na escola,...),
heróis (Bat-Man, Tarzan, Robinson, etc) profissões (carpinteiro, bombeiro,
médico, etc) itens do adestramento (segurança, serviço, trânsito, etc), sendo
naturalmente admitido o tema livre.
Finalmente, com relação à forma,
entendem-se os seguintes elementos:
enredo, organização das falas, expressão
corporal, caracterização, cenário, sonorização, luz.
A combinação destes elementos é que formará a
apresentação, sendo admitidas inúmeras variações:
ou
ou
Com base nos exemplos acima, fica fácil
visualizar a riqueza que as dramatizações representam na elaboração das
nossas atividades.
É importante salientar que as dramatizações devem
ser aplicadas progressivamente, oferecendo-se primeiro desafios mais simples
quanto ao tipo, ao tema e a forma, assim: quadros parados são muito mais
simples do que fazer uma opereta e serão vencido facilmente pelos mais
tímidos. Aliás, em se tratando de timidez, as formas em que não se exige a
exibição do próprio corpo são as mais adequadas (p. ex.: a radionovela e os
fantoches e sombras).
A dificuldade é também progressiva no tocante ao
tema: uma fábula conhecida é muito mais simples de representar do que a
palavra "lealdade", por exemplo.
Finalmente, podemos alternar as solicitações
feitas aos alunos com a forma. Podemos p. ex. oferecer o enredo pronto, porém
os alunos deverão desenvolver a caracterização e o cenário. Isto será um
excelente exercício de criatividade.
As dramatizações são preciosas também porque se
combinam com outros recursos de ensino, pois na elaboração de um cenário ou
na confecção de roupas exercitam-se as habilidades manuais. A confecção de
fantoches, a elaboração do teatro com seu respectivo cenário, o enredo, os
ensaios e a posterior apresentação poderão ser um belíssimo projeto da
classe, com proveito em vários aspectos.
Existem vários jogos que se combinam com
elementos teatrais e podem ser usados como exercícios de dramatização.
Finalmente, é bom notar que existe uma diferença
entre as histórias e as dramatizações na proporção da utilização de seus
elementos e nos benefícios que os alunos tiram deles.
Na dramatização temos uma participação
preponderantemente ativa, os alunos usam de suas emoções no seu desempenho.
Assim, o conteúdo da dramatização, ou seja "a mensagem", fica em
segundo plano.
Já nas histórias, por termos uma conduta passiva de
parte dos alunos, não encontraremos os benefícios da exteriorização. Em
primeiro plano temos o conteúdo e por meio dele trabalharemos internamente
com os alunos As histórias desenvolvem o caráter, o raciocínio, a imaginação
e o senso crítico.
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