Mógli
Esta é a história
de Mógli, um menino encontrado na selva por Baguera, a pantera, e criado por
uma família de lobos. Mógli aprendeu a viver entre os animais e a se defender
na selva.
Jângal Khan, o
tigre, odiava os homens e decidiu liquidar Mógli antes que ele crescesse. Para protegê-lo,
Baguera resolveu leva-lo de volta para a aldeia dos homens.
A princípio Mógli
pensou que Baguera estivesse passeando com ele pela floresta, como sempre
fazia. Mas, quando Baguera contou-lhe para onde iam, Mógli protestou: “Não! Eu
quero ficar na selva!”
Ao subir numa
árvore para passar a noite, Mógli e Baguera encontraram Casca. A feroz serpente
tentou hipnotiza-los com seu olhar, mas Mógli deu um nó em sua cauda,
amarrando-a na árvore.
Não muito distante
dali, Jângal Khan esperava o momento de pegar sua vítima, o indefeso filhotinho
de homem.
A selva era muito
perigosa para Mógli. Contudo, ele não queria ir embora.
De madrugada
apareceu a patrulha de elefantes, comandada pelo Coronel Tóti. Mógli pôs-se a
marchar ao lado deles, mas o Coronel Tóti protestou: “Não quero um filhote de
homem com elefantes!”
Baguera explicou ao
Coronel que ia levar Mógli para a aldeia dos homens. Mógli não queria ir.
Baguera insistiu:”Vamos,
Mógli, antes que algo pior aconteça”.
Mógli não quis
ouvir os conselhos de Baguera e correu sozinho pela floresta. Mas não ficou
sozinho por muito tempo. Logo fez amizade com um urso muito alegre chamado
Balu.
Daí a pouco Balu e
Mógli desceram o rio. Balu boiava de costas e Mógli ia empoleirado em sua gorda
barriga, sem se molhar.
De repente Mógli
foi arrebatado ao topo das árvores. Um bando de macacos tinha descido até um
galho pendente e daí o agarraram.
Os macacos levaram
Mógli às ruínas de um antigo templo. Lá o rei dos macacos estava comendo
bananas. Esperava ansioso para ver o prisioneiro.
“Conte-me o segredo
da flor vermelha dos homens!” , disse o Rei Lu. Mas Mógli não sabia fazer fogo.
Não poderia revelar o segredo ao rei, mesmo que disso dependesse sua vida.
Felizmente Balu e
Baguera chegaram justamente quando o Rei Lu começava a enfurecer-se. Depressa
eles arranjaram um meio de salvar Mógli.
Balu disfarçou de
macaca, mas o Rei Lu não se deixou enganar por muito tempo. Houve uma feroz
perseguição e uma grande luta. A confusão foi tamanha, que o templo foi
derrubado. Os três amigos conseguiram escapar, aproveitando a desordem
estabelecida no meio dos macacos.
Já bem longe dali,
Balu acomodou Mógli para dormir, em uma caminha de folhas. Mas Baguera estava
preocupado. Sabia que Jângal Kahan espreitava, aguardando o momento para pegar
Mógli.
Balu e Baguera
procuram convencer Mógli de que haveria ainda maiores perigos na selva. Balu
tentou leva-lo para a aldeia, mas Mógli desapareceu na selva, fugindo dos
amigos.
Andando sem parar,
Mógli chegou a um lugar onde só havia urubus. Muito assanhados com a presença
do menino, os urubus perguntaram-lhe se não tinha amigos. Mógli respondeu:
“Não tenho. Ninguém
quer saber de mim!”
Enquanto os urubus
cantavam para alegrá-lo, oferecendo-lhe sua amizade, chegou Jângal Kahan!
“Obrigado por
segurarem minha vítima”, disse o tigre.
Os urubus,
assustados, fugiram gritando para Mógli que corresse. Mas Mógli não deu um
passo.
O tigre ficou
furioso quando Mógli mostrou que não tinha medo dele. Arreganhou os dentes e
saltou sobre o menino.
Mas Jângal Kahan
caiu de nariz no chão, porque Balu o tinha agarrado pela cauda. O grande urso
chegara na hora exata!
Começou uma
terrível luta entre Balu e o tigre.
De repente desabou
uma tempestade. Caiu um raio e uma árvore ali perto pegou fogo. Mógli viu nisso
um meio de salvar Balu. Ele sabia que a única coisa que o tigre temia era o
fogo.
Mógli pegou um
galho em chama e ameaçou o tigre. O fogo assustou tanto Jângal Khan, que ele
fugiu apavorado. “Nunca mais o veremos por aqui”, suspirou Baguera com alívio.
Mógli, Baguera e
Balu continuaram caminhando pela selva, até que Mógli viu algo que nunca tinha
visto antes: uma menina. Ela estava pegando água num riacho perto da aldeia dos
homens.
Mógli foi ajudá-la.
Balu e Baguera viram quando ele seguiu com ela para a aldeia dos homens. E
ficaram contentes, porque agora Mógli ia viver no lugar ao qual realmente
pertencia.
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